segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
A RIQUEZA LITÚRGICA DA IGREJA DE DEUS EM CRISTO
A salvação humana operada por Jesus Cristo está inserida na história e na humanidade. Deus Pai, que é absolutamente transcendente, envia seu Filho Jesus Cristo para se encarnar e entrar na dinâmica e realidade humana do tempo e da matéria. O Filho encarnado tornou-se sinal visível do Pai, da sua graça e da sua salvação. Tornou-se sacramento.
O ser humano por ser simbólico, só pode compreender pela linguagem, sinais, gestos, palavras que unem a coisa a seus significados Tal é o sacramento: um sinal que aponta para uma realidade que está para além da coisa em si. Em se tratando dos sacramentos da fé, o sacramento é o sinal eficaz da graça de Deus. Eficaz porque é o próprio Cristo quem atua por aquele sinal.
O Filho Jesus deixou seu sacramento, aquilo que é sua presença constante na história humana: a Igreja. Porque a salvação que Jesus Cristo realizou é definitiva e é graça de Deus oferecida a todos os homens, até a consumação dos tempos, havia a necessidade de que sua presença fosse sensível e não apenas uma lembrança de um fato passado. Dá-se aí a importância do símbolo na liturgia cristã.
Infelizmente no contexto de diversidade religiosa católica e protestante de determinadas culturas, especialmente no Brasil, os extremos quanto ao sacramento divergem. Os extremos são: a cultura católica de supervalorização litúrgica num contexto de hiperdulia (grande veneração) e latria (adoração) dos símbolos cristãos; o segundo extremo é a abdicação completa da beleza transcendente do rito e do símbolo cristão.
O vertiginoso crescimento do pentecostalismo no Brasil tem projetado nossa nação no cenário religioso mundial. Os pentecostais estão hoje inseridos nas mais variadas posições de eminência na sociedade brasileira. Porém, são justamente os pentecostais que formam o grupo do segundo extremo da desvalorização sacramental e litúrgica. Acerca disso temos como exemplo sumo o uso de dois paramentos clericais que são anatematizados pelos pentecostais brasileiros, a cruz e a gola.
Na postagem anterior abordei alguns aspectos bíblicos da importância da CRUZ como âmago da simbologia cristã genuína, agora, vale a pena ressaltar questões históricas do âmbito brasileiro redigidos pela Miss. Vera Araújo (Missionária Distrital COGIC3):
A CRUZ
Ao deparar com o Brasil, Portugal o faz de forma político/religiosa, onde predominava-se a religião Católica trazida pelos Jesuítas. Eram a descobertas de Deus e, assim, sempre acompanhados por um padre da ordem dos jesuítas estabelecem aqui uma colônia exclusivamente católica, e isto por séculos.
Em 1819 iniciou-se a construção de um templo anglicano no Rio de Janeiro, com aparência externa de residência comum; e, em 1820 os cultos passaram a acontecer todos os domingos. Reuniam-se ali estrangeiros de língua inglesa, funcionários de embaixadas, comerciantes, marinheiros, viajantes de passagem pela cidade. Era uma capela e não uma congregação protestante como o é ainda hoje. Estava proibido o uso de sinos para anunciar os ofícios, ou o templo ter uma cruz externa ou torre, e por aí vão as proibições da Igreja Católica.
Em 1823, Dom Pedro I, contrata imigrantes protestantes para o desenvolvimento do Brasil colonial e, junto a estes, um pastor para acompanhá-los. Seu salário era provido pelo Governo Imperial. Esta primeira “colônia” protestante do Brasil, chega em 1824 e, neste mesmo ano, a 3 de maio, realiza-se o primeiro culto evangélico em Nova Friburgo.
Desde então novos grupos de protestantes se estabeleceram em diversos pontos do império, estabelecendo congregações evangélicas que se consolidaram no Rio Grande do Sul, onde o primeiro culto é celebrado em 6 de novembro de 1824, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Em 1827, por iniciativa do cônsul da Prússia, organiza-se igreja na corte, agrupando evangélicos e alemães, por 10 anos reúnem-se em residências particulares.
Em 1837 alugam uma casa para culto. Autorizados pelo Imperador Dom Pedro II, iniciaram a construção do templo em 1844, inaugurando-o em 27 de junho de 1845. Para essa construção receberam donativos do Rei da Dinamarca; do Grão-Duque de Badem; do príncipe Alberto, da Prússia e da Duquesa de Orleans, esta da Igreja Romana. Na fachada, ostentava, como ornamento, símbolos evidentes da finalidade religiosa; uma bíblia ladeada de dois cálices. Novamente não puderam construir a torre com cruz ou instalar sinos, como pretendiam. O império seguia a risca as ordens da Igreja. Era a Igreja do império. Não havia conceito de que cruz era isto ou aquilo - era colocada nos templos protestantes simplesmente por ser símbolo cristão. Mas, aqui no Brasil esses primeiros protestantes brasileiros foram proibidos de usar a cruz aqui em nossas terras.
Após um pequeno esboço histórico, podemos compreender que ao longo do tempo os cristãos evangélicos daqui do Brasil - é bom lembrar isto - os ‘crentes’ como eram denominados na época passam a ver a cruz de maneira pejorativa e, alguns para defender sua ausência no ambiente de culto até chegam a citar erroneamente Gálatas 3.13 e Deuteronômio 21.23, forçando o texto para dizer o que ele não diz - sussurram baixinho entre si... “a cruz é maldita meus irmãos”.
O texto relata que não é a cruz que é maldita mas, o que for pendurado nela. Jesus se tornou maldito em nosso lugar e, na cruz, segundo o texto, Ele, despojou (arrancou do domínio) os principados e potestades e triunfou sobre eles na cruz.
Já há muito tempo em países onde o catolicismo deixou de citar regras de governo, os cristãos de todos os seguimentos trouxeram a cruz ‘vazia’ de volta.
As Igreja pentecostais em todos os países que tenho conhecimento valem-se do privilégio de ter este símbolo em seus templos e na sua arte. Nossas Igrejas, nos Estados Unidos, Uruguai, México, Guianas, Nigéria e outros países de sua extensão se servem do maior símbolo cristão – A CRUZ.
Em 1819 iniciou-se a construção de um templo anglicano no Rio de Janeiro, com aparência externa de residência comum; e, em 1820 os cultos passaram a acontecer todos os domingos. Reuniam-se ali estrangeiros de língua inglesa, funcionários de embaixadas, comerciantes, marinheiros, viajantes de passagem pela cidade. Era uma capela e não uma congregação protestante como o é ainda hoje. Estava proibido o uso de sinos para anunciar os ofícios, ou o templo ter uma cruz externa ou torre, e por aí vão as proibições da Igreja Católica.
Em 1823, Dom Pedro I, contrata imigrantes protestantes para o desenvolvimento do Brasil colonial e, junto a estes, um pastor para acompanhá-los. Seu salário era provido pelo Governo Imperial. Esta primeira “colônia” protestante do Brasil, chega em 1824 e, neste mesmo ano, a 3 de maio, realiza-se o primeiro culto evangélico em Nova Friburgo.
Desde então novos grupos de protestantes se estabeleceram em diversos pontos do império, estabelecendo congregações evangélicas que se consolidaram no Rio Grande do Sul, onde o primeiro culto é celebrado em 6 de novembro de 1824, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
Em 1827, por iniciativa do cônsul da Prússia, organiza-se igreja na corte, agrupando evangélicos e alemães, por 10 anos reúnem-se em residências particulares.
Em 1837 alugam uma casa para culto. Autorizados pelo Imperador Dom Pedro II, iniciaram a construção do templo em 1844, inaugurando-o em 27 de junho de 1845. Para essa construção receberam donativos do Rei da Dinamarca; do Grão-Duque de Badem; do príncipe Alberto, da Prússia e da Duquesa de Orleans, esta da Igreja Romana. Na fachada, ostentava, como ornamento, símbolos evidentes da finalidade religiosa; uma bíblia ladeada de dois cálices. Novamente não puderam construir a torre com cruz ou instalar sinos, como pretendiam. O império seguia a risca as ordens da Igreja. Era a Igreja do império. Não havia conceito de que cruz era isto ou aquilo - era colocada nos templos protestantes simplesmente por ser símbolo cristão. Mas, aqui no Brasil esses primeiros protestantes brasileiros foram proibidos de usar a cruz aqui em nossas terras.
Após um pequeno esboço histórico, podemos compreender que ao longo do tempo os cristãos evangélicos daqui do Brasil - é bom lembrar isto - os ‘crentes’ como eram denominados na época passam a ver a cruz de maneira pejorativa e, alguns para defender sua ausência no ambiente de culto até chegam a citar erroneamente Gálatas 3.13 e Deuteronômio 21.23, forçando o texto para dizer o que ele não diz - sussurram baixinho entre si... “a cruz é maldita meus irmãos”.
O texto relata que não é a cruz que é maldita mas, o que for pendurado nela. Jesus se tornou maldito em nosso lugar e, na cruz, segundo o texto, Ele, despojou (arrancou do domínio) os principados e potestades e triunfou sobre eles na cruz.
Já há muito tempo em países onde o catolicismo deixou de citar regras de governo, os cristãos de todos os seguimentos trouxeram a cruz ‘vazia’ de volta.
As Igreja pentecostais em todos os países que tenho conhecimento valem-se do privilégio de ter este símbolo em seus templos e na sua arte. Nossas Igrejas, nos Estados Unidos, Uruguai, México, Guianas, Nigéria e outros países de sua extensão se servem do maior símbolo cristão – A CRUZ.
A GOLA
O uso de vestes especiais por parte dos oficiais da igreja serve para representar o seu ministério entre o povo. Entre estas vestes especiais se destaca o colarinho clerical. Este é normalmente o colarinho de uma camisa ou colete com uma aba branca destacável frente. Originalmente era feito de algodão ou linho, mas normalmente é feito hoje de plástico. Às vezes (especialmente na prática católica romana) a aba é fixa com um colarinho que cobre quase completamente, deixando um quadrado branco pequeno à base da garganta. Em muitas igrejas e em muitos locais, por não saberem da origem e do significado, não se aceita o uso de colarinho clerical. Com a devida orientação os cristãos passarão a entender a conveniência e a oportunidade do seu uso. O colarinho clerical é uma invenção bastante moderna (é provável que tenha sido inventado em 1827). Aparentemente, foi inventado pelo Rev. Dr. Donald McLeod, pastor anglicano. Foi desenvolvido para ser usado no trabalho cotidiano do ministro (mais prático que a batina). Hoje é usado por pastores nas diversas denominações Cristãs como presbiteriana (é dito que o colarinho clerical se originou na Escócia), luterana, metodista, algumas denominações pentecostais (COGIC) e, também, por ministros Cristãos não denominacionais.
Os católicos romanos passaram a usá-lo a partir do Concilio Vaticano II, em substituição a batina, em situações especiais, essa adoção deve-se aos padres Jesuítas. É usado por todos os graus de clero: bispos, presbiteros (padres) e diaconos, e também por seminaristas. Na tradição Oriental, às vezes, os subdiáconos e leitores também o usam.
Significado
O colarinho clerical simboliza que quem o usa é um servo, pois este colarinho estava ao redor do pescoço dos escravos no mundo antigo. As pessoas que o usam servem como Ministros de sua Palavra. Toda a igreja tem compromisso com o testemunho de Cristo no mundo, no entanto, o pastor compromete-se de modo específico com o Ministério da Palavra. Assim, o colarinho clerical simboliza esse compromisso pastoral com o anúncio do Evangelho. O colarinho branco sobre fundo preto envolvendo a garganta é simbólico da Palavra de Deus proclamada.
Relevância
O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado. Pois uma das características do movimento de secularização é o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé. Assim como vendo um militar lembramos-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. Igualmente é válido para os pastores que freqüentam lugares públicos usar o colarinho clerical.
Os católicos romanos passaram a usá-lo a partir do Concilio Vaticano II, em substituição a batina, em situações especiais, essa adoção deve-se aos padres Jesuítas. É usado por todos os graus de clero: bispos, presbiteros (padres) e diaconos, e também por seminaristas. Na tradição Oriental, às vezes, os subdiáconos e leitores também o usam.
Significado
O colarinho clerical simboliza que quem o usa é um servo, pois este colarinho estava ao redor do pescoço dos escravos no mundo antigo. As pessoas que o usam servem como Ministros de sua Palavra. Toda a igreja tem compromisso com o testemunho de Cristo no mundo, no entanto, o pastor compromete-se de modo específico com o Ministério da Palavra. Assim, o colarinho clerical simboliza esse compromisso pastoral com o anúncio do Evangelho. O colarinho branco sobre fundo preto envolvendo a garganta é simbólico da Palavra de Deus proclamada.
Relevância
O uso de símbolos é um sinal e um testemunho vivo de Deus no mundo secularizado. Pois uma das características do movimento de secularização é o desprezo por sinais e símbolos religiosos. Para as pessoas o fato de ver um ministro com o colarinho clerical já é um testemunho de fé. Assim como vendo um militar lembramos-nos da Lei, e vendo um enfermeiro (a) com seu uniforme branco lembramos o hospital. Igualmente é válido para os pastores que freqüentam lugares públicos usar o colarinho clerical.
________________//________________
Hoje, a única denominação pentecostal no Brasil que conserva equilibrada e biblicamente esta riqueza litúrgica singular do cristianismo histórico, é a COGIC – Church Of God In Christ (Igreja de Deus em Cristo), a mãe histórica de todas as denominações pentecostais a maior denominação pentecostal dos Estados Unidos, e a denominação que, em termos estatísticos mais cresce no planeta. Como uma Igreja genuinamente episcopal, guarda toda a simbologia sacramental e litúrgica utilizada e praticada pelos pais apostólicos da Igreja, a mesma simbologia que foi equivocada e grotescamente tornada iconoclastia pela igreja católica.
Nossos bispos são devidamente identificados pelas cores de suas camisas e a singularidade de seus paramentos como a gola clerical; assim é também com nossos pastores e presbíteros. Nossa Ceia é caracterizada normativamente pela reverência e pelo seu caráter altamente sacramental, onde os itens da Ceia, cobertos por um lençol branco que é delicadamente retirado para o cerimonial, e da mesma forma delicadamente recolocado após o cerimonial (referência à João 20:7).
Conservamos a mesma doutrina bíblica e posições teológicas das denominações pentecostais clássicas como Assembléia de Deus e Holliness, que, como já dissemos, são oriundas da COGIC. Observamos não duas, mas três ordenanças: (1) A Ceia (I Coríntios 11:23-25); (2) O Batismo (Mateus 28:19); e (3) O Lava-Pés (João 13:14-15).
Esta é a Igreja de Deus em Cristo, adoramos somente a Deus o Pai, a Jesus Cristo Senhor e Salvador da humanidade e ao Bendito Espírito Santo, nosso Consolador e doador dos dons espirituais. Praticamos os sacramentos e símbolos como uma forma visível da maravilhosa Graça invisível. domingo, 16 de dezembro de 2012
IMUNIDADE
À CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA ECLESIÁSTICO
Introdução
Queremos aqui insistir na possibilidade de harmonia entre o “melhor” do
seguimento denominacional e o Reino de Deus. Não há dúvidas de que o sistema
denominacional, como o conhecemos, está contaminado pelo espírito de culturas
milenares que forjaram a construção ética, política, social e religiosa das
sociedades e comunidades. Surge a indagação na alma daqueles que estão
inseridos em alguma denominação forte e histórica: “Como posso estar imune à
contaminação do sistema eclesiástico sem me insurgir contra ele ou renunciá-lo
definitiva e deliberadamente?” Acreditamos que nas próximas linhas forneceremos
algum equilíbrio para nortear crentes e ministros denominacionais cuja mente
tem sido iluminada pelo Evangelho do Reino e a Visão Apostólica.
i- ESTRUTURAS
OBSOLETAS DE GOVERNO ECLESIÁSTICO
Quando
falamos em estruturas obsoletas, estamos nos referindo aos extremos dos
episcopalismo e do congregacionalismo, dentre outros, que sobrepujam a
soberania do espírito Santo no corpo de Cristo. Estes sistemas desenvolveram um
conceito hierárquico totalmente discrepante e paradoxal às Escrituras, que cria
homens soberbos e idolatria à posições eclesiásticas. Nesse sistema, crentes
são discipulados nos moldes de uma hierarquia humanista e, por vezes, tirânica.
Os interesses de Deus e do Reino são subjugados pelos interesses pessoais de
auto-afirmação institucional, ou seja, se deseja mais credenciais de plástico
do que a unção do Espírito. É um sistema de patentes, quase militar, uma escada
de influência institucional, onde se almeja se tornar gradualmente maior com o
propósito de mandar mais. Sabemos que tudo isso não condiz com os princípios
contra-culturais do Reino de Deus. A maneira de sobrepujar estes velhos
sistemas de pensamento, não uma insurreição revoltosa ou um rompimento radical,
e sim, uma verdadeira aliança com o Reino de Deus e com toda a
sua proposta. (Lc 22:24-27; Fl 2:3-4)
ii- CONECTADOS
COM O SISTEMA, ALIANÇADOS COM O REINO
Uma
conexão é um encaixe flexível e adaptável em que ambas as partes podem
interagir, porém, podem se desencaixar quando há desgastes. Já uma aliança é um
pacto inquebrável e indissolúvel, estabelecido entre duas partes que
deliberadamente aceitaram as condições para uma união definitiva. Nossa relação
com o sistema denominacional deve estar sempre no nível de uma conexão,
esperando que a mesma seja harmônica; já nossa relação com o Reino de Deus, é a
única aliança que de fato jamais pode ser quebrada, pois é aliança com o
próprio Rei do Reino, Jesus Cristo, Deus. A conexão com o sistema deve ser
levada adiante até que o mesmo despreze arbitrária e deliberadamente a Visão e
os propósitos do Reino, é exatamente aí que somos obrigados a nos posicionar
favoráveis à vontade soberana de Deus, seu Reino. Podemos e devemos nos
conectar com homens de Deus no nível de cobertura espiritual, mas a
durabilidade dessa “conexão”, está restrita ao nível de compromisso dessa
liderança espiritual com o Reino de Deus. Não há aliança espiritual com instituições
e organizações humanas, ou denominações, pois esse é um conceito do sistema. As
alianças são com Deus e com seus embaixadores do Reino que assumem a
paternidade espiritual de vidas e ministérios (II Co 5:20).
iii- VESTIDOS
DA CULTURA ECLESIÁSTICA, REVESTIDOS DA CULTURA DO REINO
Uma das
coisas mais belas das denominações é sua diversidade cultural. Cada comunidade
cristã pioneira possui características litúrgicas e culturais singulares,
formas de expressar seu louvor e adoração, musicalidade própria, formas de
expor e pregar a palavra de Deus, maneiras diferentes de mutualidade e
interação, maneiras diferentes de se vestir. Em fim, cada um de nós deve se
esforçar para nos aculturarmos em nossa denominação, pois esta uma
característica fundamental de que possui uma mentalidade missionária do Reino:
a habilidade de aculturação. Sim, devemos nos vestir de nossa cultura
denominacional, mas é da cultura do Reino de Deus que devemos nos revestir, e
além de nos revestir dessa, a mesma deve ser nossa própria pele, pois uma veste
pode ser trocada, mas uma pele não, a não ser que alguém seja uma “serpente”,
sua pele será sempre a mesma, o Reino de Deus. (Cl 3:8-17)
iv- O IMPÉRIO
RELIGIOSO E O REINO DE DEUS
Deus
implantou um Reino na terra, e não um império, e existem diferenças marcantes
entre Império e Reino, e a primeira delas é que por trás de impérios sempre há
a influência de Satanás, aliás, é ele quem edifica impérios. “Ele [Deus] nos
tirou do império das trevas e nos transportou para o reino
do Filho do seu amor.” (Cl 1:13). Homens influenciados por
Satanás constroem impérios através de seu carisma pessoal, Jesus movido pelo
Espírito edifica um Reino através de sua Igreja (Mt 16:18; Lc 17:21).
Jesus não disse: é chegado o império (Lc 11:20); não disse: buscai o
império (Mt 6:33); Pedro não disse que somos sacerdócio imperial (I
Pe 2:9); na cruz não estava escrito: imperador dos judeus (Mt 27:37);
não existe na bíblia livro dos imperadores (1º e 2º Reis); Deus não mandou
Samuel ungir um imperador; na coxa do Cavaleiro (Jesus Cristo) não está escrito
imperador dos imperadores (Ap 19:16). No império as pessoas se
sacrificam e morrem pelo imperador, no Reino o Rei morre pelas pessoas; No
império o imperador e sua coorte vivem para ser servidos, no Reino o Rei e seus
súditos servem; no império os fins justificam os meios, vale se corromper; no
Reino os meios justificam os fins, basta obedecer ao Rei; Construtores de
império somente querem dar ordens, e edificadores do Reino somente querem
obedecer. Jesus deu ministros para a Igreja (Ef 4:11) e não Igreja para
ministros. Jesus ungiu ministros, e não imperadores para dar seguimento na
Igreja através de “monarquia hereditária”.
v- UM
GOVERNO EPISCOPAL APOSTÓLICO
De fato,
a Igreja é de Deus, mas Ele mesmo estabeleceu um episcopado sobre a Igreja,
senão, vejamos: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o
Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que
ele resgatou com seu próprio sangue.” (At 20:28). Mas note que o
modelo neotestamentário de episcopado é aquele que constituído pelo Espírito
Santo mediante uma liderança genuinamente apostólica. O apóstolo Paulo designou
Timóteo como Bispo das igrejas de Éfeso (I Tm 1:3), e Tito como Bispo
das Igrejas da ilha de Creta (Tt 1:5), e ele mesmo supervisionava à
distância essas igrejas, não através do cabresto de um estatuto ou regimento
institucional, mas mediante uma paternidade espiritual apostólica (I Tm 1:2,
18). Paulo não minava recursos financeiros das Igrejas para se ostentar com
seu ofício de apóstolo, mas seus filhos na fé e no ministério percebiam pelo
Espírito, seu compromisso de semear ofertas em sua cobertura apostólica (Fl
4:14-19; I Co 9:6-14; Gl 6:6). O que Paulo esperava de seus discípulos, é
que estes transmitissem a doutrina apostólica do Reino para outros obreiros
fieis, preparando-os para conservar este legado (II Tm 1:13). O
apóstolo Paulo delegou ao jovem pastor (bispo) da Ilha de
Creta, a autoridade e
autonomia para consagrar anciãos que seriam dirigentes das igrejas locais
(Tt1:5), mas este modelo
somente passou a vigorar plenamente dessa maneira no segundo
século. Foi justamente a partir daí que os
termos bispo e presbítero passaram a designar funções distintas, pois dado o
crescimento expansivo da Igreja, a
liderança carecia ser descentralizada através
de um
episcopado hierárquico com
bispos supervisionando presbíteros, ou seja, o bispo gradualmente, se tornou
presidente do corpo de presbíteros; a este era confiada a direção das igrejas
locais, e, àquele a administração da disciplina, porém, ambos exercendo o
ofício pastoral. Na visão
eclesiástica de Inácio, o bispo era o símbolo da unidade cristã e o
portador da tradição
apostólica. Clementedando
ênfase à visão de Inácio declara que os bispos são
os sucessores dos apóstolos,
assim o foram até o advento da Reforma Apostólica (graças à Deus). Tal conceito
tem suas origens no modelo judaico em dois
aspectos: (1) Sucessão
doutrinária (os bispos
receberam o ensinamento verdadeiro dos
apóstolos, assim como os
profetas de Moisés), e (2) Sucessão de ordenação (os
bispos tinham sido designados pelos apóstolos e seus sucessores em linha
ininterrupta, assim como a família de Arão).
Esse governo judaico-cristão do
episcopado foi bem sucedido e triunfou até o terceiro século, trazendo
tranqüilidade eclesiástica e ordem doutrinária, quando
então começaram os abusos e desmandos que
geraram o “sacerdotalismo” dos tempos posteriores.
vi- A
RENOVAÇÃO DOS VELHOS ODRES
Deus não
deseja destruir as denominações, e sim renová-las neste final de dispensação,
para enviar-lhe o vinho novo do Espírito Santo. Esta é uma palavra profética: “Antes
que eu volte minha noiva desfrutará do vinho novo, mas para isso, criarei novos
odres e renovarei os velhos. Aqueles que não quiserem renovação de seus odres,
simplesmente não beberão desse vinho do Meu Espírito, e aqueles que se opuserem
com força serão cortados da minha mesa. Eu farei ruir o velho sistema, mas não
destruirei as denominações; eu destruirei os impérios humanos e definitivamente
farei sobressair o Meu Reino sobre toda a Terra. Haverá um breve período de
tribulações e rejeição dos meus eleitos, mas Eu os pouparei e os farei reis e
sacerdotes do Meu Reino. Os novos odres já foram criados por Mim e já estão
prontos para receber, e alguns já receberão o vinho novo; agora, pelo
ministério de meus apóstolos e profetas estou renovando os velhos odres, e
estes desfrutarão de tempos jamais experimentados, nem mesmo por seus
antepassados pioneiros. Este é um tempo de renovação, e toda a minha Igreja,
cada um de meus redimidos, deve se engajar no processo de renovação. Ninguém
deve ficar alheio, pois se ficarem, alguns perderão o vinho, e outros perderão
a verdadeira Vida. Não temam em andar apalpando, pois eu os conduzirei neste
tempo por revelação para a Recriação e Renovação de Odres Espirituais.” (Inspiração
profética de 09/05/12 – Enéas Ribeiro).
Conclusão
O Senhor
tem elevado seus apóstolos e profetas neste tempo a um nível de revelação
espiritual jamais experimentado desde os dias de Paulo no deserto da Arábia e
João na Ilha de Patmus. Nada do que o Espírito tem revelado vem em confronto
com as Sagradas Escrituras, ao contrário, está trazendo luz a muitas coisas
outrora ocultas. Não precisamos empreender esforços humanos e intelectuais para
desencadear algum tipo de revolução religiosa, Deus está sabia e soberanamente
conduzindo sua Igreja para a edificação do Reino de Deus. A queda dos impérios
não é nossa responsabilidade ou nosso “ministério”. Deus nos presenteou com a
honra de sermos seus embaixadores, e edificarmos seu Reino na Terra, mas
somente a Ele cabe a deposição dos soberbos e a derrocada dos impérios (Dn
2:21). A Restauração de todas as coisas está diante dos nossos olhos (At
3:21). Não esteja cego. Receba em seu conhecimento espírito de sabedoria e
revelação, e receba iluminação para os olhos do seu entendimento (Ef 1:16-19).
Enéas
Ribeiro
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Este escudo representa a Visão da
Church Of God In Christ - Apostolic Faith Mission
Igreja de Deus em Cristo - Missão da Fé Apostólica:
O selo da COGIC – Missão da Fé Apostólica
representa a própria visão de nosso ministério revelada ao Pastor Enéas Ribeiro.
O Escudo representa o poder da FÉ
(Efésios 6:16), na cor roxa falando do
SACERDÓCIO REAL (I Pedro 2:9). A coroa no alto do escudo representa a única
mensagem que a Igreja deve propagar O
EVANGELHO DO REINO (Lucas 16:16), sendo a cruz no centro do escudo o âmago
deste Evangelho do Reino: A MENSAGEM DA
CRUZ (I Coríntios 1:23; 2:2). As espadas por detrás do Escudo nos falam da PALAVRA DEUS (Efésios 6:17). E por fim,
as cinco pedras na coroa sobre o escudo representa OS CINCO MINISTÉRIOS bíblicos: APÓSTOLOS, PROFETAS, EVANGELISTAS,
PASTORES e MESTRES, indicando que somos uma Igreja Apostólica (Efésios 4:11).
Assinar:
Postagens (Atom)